Projeto | Pedalando na África

Logística e Produção em  Campo | Toco Lenzi.

Fotos: Toco Lenzi, Lineu Palaia, Fábio Zsigmond

Direção: Toco Lenzi, Lineu Palaia.

Sem patrocínio para o Projeto África, no qual, ao lado do meu amigo Paulinho percorreria 16 países de moto, vendi minha moto Teneré e comprei uma bicicleta. Queria fazer valer o projeto, nem que fosse sozinho, pedalando e passando por menos países.

Vi uma matéria sobre brasileiros que viajaram de bike para a Patagônia. Entrei em contato com os aventureiros, que riram da recém-adquirida “magrela”. Assim, comprei a bike (moderníssima) de um deles e, da noite para o dia, tinha os melhores equipamentos para minha empreitada.

Peguei um navio cargueiro e fui para a Itália, de onde parti para a Nigéria, a bordo do transatlântico Reppublica de Venezia, maior rol-rol da época, onde pedalava, contemplava o horizonte e fazia amizades.

Ao desembarcar em Livorno, descobri que os 1.500 dólares que tinha guardado não dariam para continuar a viagem. Para juntar mais dinheiro, trabalhei em Roma limpando casas inundadas.

Depois de uma semana, consegui comprar a passagem. Parei na Bulgária para fazer conexão, mas o vôo estava atrasado por causa do mau tempo. Sendo assim, perdi a conexão e me vi num país onde ninguém falava inglês e onde não tinha planejado ficar.

Graças a uma amiga angolana que havia conhecido no avião, conseguiu remarcar o vôo. O muro de Berlim havia acabado de cair e a Bulgária estava um caos.

Enfim, a África!!! DescI na Nigéria, país mais populoso do continente, sentei na bike e fui...

A primeira malária e os 2.200 km rodados nos quatro meses de aventura por cinco países (Nigéria, Benin, Togo, Gana e Costa do Marfim) resultaram no livro “Pedalando na África”, da editora FTD.

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